Ascender profissionalmente significa abandonar a zona de conforto, expor qualidades e saber conduzir as mudanças no relacionamento com colegas.
A maioria de nós não quer estar no mesmo lugar exercendo a mesma função daqui a cinco ou sete anos. Ainda assim, abordar o tema “mudança de atribuições” ou, o politicamente correto “plano de carreira” junto aos superiores pode ser uma tarefa para lá de complicada. Então reunimos algumas sugestões que podem adoçar essa conversa, azeda por natureza.
Seja claro
Alguns profissionais temem que sua vontade de ascender dentro da empresa chegue aos ouvidos do chefe. Essa sensação de insegurança cresce quando a suposta promoção pode significar a transição de uma equipe para outra. Acontece que, se avançar na carreira for muito importante para você, o apoio por parte do superior pode ser indispensável.
Uma conversa aberta e objetiva acerca de seus objetivos profissionais é uma boa forma de começar. Possivelmente você esteja de olho nas cadeiras de encostos largos da diretoria, e não há nada errado com isso. Mas ignorar os colegas da gerência de departamentos e com funções mais simples pode prejudicar sua jornada rumo aos cargos objetivados.
Afinal de contas, esses gerentes de níveis inferiores lidam diariamente com os tubarões. São eles que têm maior contato com sua produção, sabem do desempenho profissional oferecido pelo seu trabalho e ainda são as alavancas que podem facilitar sua ascensão.
Mantenha contato com esses gerentes e deixe explícito que alguns motivos de sucesso da corporação são fruto de sua intervenção e empenho. Se ofereça para agir como intermediário na apresentação de novos projetos à equipe; fortifique seu relacionamento (se não gosta da palavra networking) com outros departamentos da casa, seja voluntário para aqueles casos em que todos preferem sumir a ser considerados para cumprir determinada tarefa.
Caso você viva com a impressão de ser prejudicado e de ter as oportunidades de realização profissional sendo afastadas de seu raio de ação, procure encontrar um espaço que lhe permita brilhar como profissional.
Em todo caso, não esqueça que o que o separa dos cargos pretendidos tem passagem obrigatória por atribuições de médio alcance – você não pulará do seu cargo atual para o de executivo megapoderoso da noite para o dia.
Enquanto isso, encontre um mentor de outra empresa, alguém que possa servir de orientador. Fique em contato com esse cidadão e absorva o máximo de ensinamentos que puder.
De colega a chefe
Digamos que você conseguiu, com sucesso, assumir um cargo de chefia e que, de repente, passa a comandar aqueles com quem almoçava diariamente. E agora?
Virar superior de seus antigos colegas é tarefa das mais difíceis, pois, muitas vezes, implica em determinar limites em relações que eram recheadas de tapinhas nas costas e churrascos de amigos.
É sugerido que você tenha uma conversa franca com os colaboradores que passará a comandar. Evite conversas particulares e deixe claro que houve mudanças no relacionamento. Esclareça que gerir o desempenho deles será atribuição sua e deixe todos cientes do que é esperado deles.
Solicite que regularmente lhe dêem um retorno sobre a forma que você conduz o departamento ou a seção. Peça que dêem sugestões de como melhorar a dinâmica e os resultados. Ao assumir tal postura, você demonstra que não tem receio de revelar fraquezas ou de aceitar colaboração. Críticas também devem ser bem-vindas; elas ajudarão a desenvolver suas habilidades de liderança.
Todas as dicas dadas nesse artigo são – sabemos disso – muito mais fáceis de por no papel do que realizar. O clima dentro das organizações nem sempre é igual ao reproduzido em propagandas de margarina, com uma família feliz e um belo labrador correndo em um grande quintal.
Ainda assim, é razoável que você tente transportar tudo, menos o labrador, para a seção em qual trabalha e onde passa mais tempo com estranhos que com sua família.
(Tammy Browning)
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