A Asus, fabricante taiwanesa de computadores que popularizou os laptops compactos, os netbooks, quer fisgar os consumidores de média renda no Brasil.
A grande aposta está nos tablets. A companhia pretende trazer ao país quatro aparelhos para competir com o iPad, da Apple. O primeiro, o Eee Slate, à venda no exterior por US$ 999, deve chegar até o mês de junho.
"A intenção de trazer os quatro modelos é testar o mercado e identificar as preferências do consumidor local", diz Marcel Campos, gerente de produtos da Asus.
A proposta do Slate, segundo Campos, é substituir completamente o notebook, já que o aparelho traz teclado sem fio, tela de 12 polegadas , memória de 32 GB e sistema operacional Windows 7.
O modelo ainda não tem preço definido no Brasil, mas considerando a cotação do dólar e a média de impostos (em torno de 50%), o aparelho chegaria por R$ 2.500.
Hoje, o modelo mais caro de iPad (com memória de 64 GB e conexão à internet 3G) custa R$ 2.149.
Outros três tablets devem chegar no segundo semestre. O Slider traz teclado que desliza sob a tela, como já existe em celulares, o Memo é a versão compacta entre os tablets, com tela de sete polegadas, e o Transformer é um misto de netbook e de tablet, com tela destacável.
Todos os três rodam o Android, o sistema operacional do Google, e custam, em média, US$ 499.
Com os aparelhos, a Asus pretende abocanhar uma fatia expressiva do mercado brasileiro de tablets, projetado para chegar a 300 mil unidades até o fim do ano.
Hoje, o mercado é praticamente dominado pela Apple. Só no ano passado, foram 64 mil iPads importados legalmente, segundo antecipou a Folha no sábado.
Para complementar a estratégia de crescimento em 2011, a Asus quer ampliar a oferta de notebooks no país. Até agora a companhia produzia apenas um modelo no Brasil, em parceria com a paranaense Visum.
"Até o meio do ano fabricaremos três modelos, além dos cinco tipos de placas-mãe que já produzimos no país", afirma Campos.
Os cinco netbooks vendidos -dois produzidos localmente- devem passar por atualização de modelos ainda no primeiro semestre.
Créditos: Folha
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