segunda-feira, 25 de julho de 2011

Lide com e-mails do chefe no fim de semana

Por mais divertida e interessante que sua rotina de trabalho possa ser, todos – sem exceção – precisam de uma pausa de suas atividades corporativas.

Mas, de acordo com uma pesquisa internacional da Right Management, quase 2/3 dos profissionais não conseguem se desligar totalmente de suas carreiras durante os fins de semana ou outros períodos de folga. Motivo? Eles recebem e-mails de seus chefes neste período sobre assuntos ligados ao trabalho.

Diante desse fato, há quem se faça de desentendido e finja que não checou os e-mails no período. Outros, mais neuróticos, começam a transformar a prática em um hábito nas próprias vidas.

Segundo especialistas, as reações anteriores não são eficientes para solucionar a questão. “Não precisa ter a obrigação de abrir o e-mail o tempo todo. Mas se viu a mensagem, não custa nada responder. Você precisa ser parceiro do seu colega de trabalho”, afirma Renata Mello, diretora da consultoria de imagem RMML.

1. Regras claras no começo da relação
Antes de aceitar qualquer proposta de emprego é preciso ter muito claras quais são as regras do jogo dentro das quatro paredes da corporação. É comum que em alguns setores ou empresas, a prática de chamar empregados em horários pouco usuais seja mais recorrente.

Por isso, é essencial ter uma noção correta do clima da corporação e do estilo de gestão do seu futuro gestor. Com essas informações em mãos, é possível negociar e estabelecer limites desde o início.

“Mas se a organização incentiva esse tipo de prática, não há muito como evitar”, diz Bernt Entschev, fundador da De Bernt Entschev Human Capital.

2. Abra o jogo
Quando a prática do seu gestor, além de ser recorrente, é uma exceção dentro da companhia, o caminho é partir para o diálogo – com extremo cuidado para não cair em acusações vazias

Exponha para ele como você se sente e negocie alguns limites.

3. Tenha um termômetro
Mas, para isso, é fundamental estabelecer critérios para a resolução dos problemas que surgem nos finais de semana. “Você precisa fazer a clássica divisão do que é urgente, importante e grave”, afirma.

Com isso, segundo ele, você consegue estabelecer uma norma e combinar com o gestor de que apenas questões urgentes e graves serão solucionadas em seu dia de folga. Assuntos importantes, mas menos urgenciais, podem esperar pelos duas uteis para ganhar atenção.

4. Antes de praguejar, procure entender
Pode ser também que seu gestor esteja passando por um momento de extrema pressão no trabalho e/ou não esteja dando conta de todas as atividades acumuladas na própria função. Como consequência, fins de semana, feriados e afins viraram para ele uma extensão de todos os outros dias de trabalho.

Por isso, antes de começar a reclamar, procure compreender todo o contexto. Confirmado esse cenário, disponha-se a ajudá-lo – caso haja condições, evidentemente.

5. Não saia do seu ritmo
Agora, há pessoas que são assim por natureza e que gostam de cultivar hábitos corporativos fora do expediente. “Muita gente consegue começar a trabalhar apenas depois das 18h ou que, diante de uma insônia, prefere correr para o computador para resolver problemas dotrabalho”, diz Renata. “Mas você não pode se comparar”.

Por isso, não mude sua rotina de trabalho apenas para se adequar ao ritmo de produtividade de outras pessoas. Mantenha seu estilo sem estabelecer comparações.

“Lembrando sempre que a empresa não é uma democracia”, diz Entschev. “È como a lei da gravidade, mesmo que você não concorde com algumas coisas, não irá adiantar nada”. Em outros termos, novamente, se esses hábitos fizerem parte do clima da organização, você precisará se adaptar.

6. E quando o cliente não tem noção de horário?
Se sua função não pressupõe atendimento 24 horas para o cliente, mas, mesmo assim, eles insistem em contatar você em horários impróprios, estabeleça limites.

Segundo os especialistas, o ideal é responder ao cliente, mas marcar uma reunião já no dia útil mais próximo para expor regras para a sua relação com ele. “Não deixe o negócio crescer, porque senão vira hábito”, diz Entschev.

Fonte: INFO

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